quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Livro: O que vale a pena


Você já imaginou se fosse possível fazer um balanço de sua vida - dos erros, dos acertos, das grandes e pequenas lições - antes de a vida ser vivida? Seria como ir ao futuro, verificar o que foi e o que poderia ter sido, voltar ao presente e viver, de outra forma, com mais felicidade, a vida ideal. Pessoas mais velhas acumulam tais experiências -mas nem sempre nos espelhamos nelas, ou seja, nos conselhos dos mais velhos, para traçarmos o destino. O livro O que vale a pena, da assistente social norte-americana Wendy Lustbader, se propõe a examinar os conhecimentos de pessoas anônimas na casa dos 60 aos 90 anos e nelas se inspirar para dar conselhos e lições de vidas em busca do equilíbrio e da felicidade. O resultado é um livro encantador, como se fossem pílulas de sabedoria com depoimentos colhidos ao longo de 20 anos no trabalho de Wendy em asilos de idosos. A obra soma casos que refletem sobre temas conflitantes da vida como: casamento, amor, ciúme, qualidade de vida, família, trabalho, doença e velhice. Esta publicação, lançamento exclusivo da Jardim dos Livros, inclui histórias surpreendentes e emocionantes, que fazem rir e chorar. Ao lê-las, é impossível não se perguntar: "Como será minha vida quando envelhecer? Terei sido feliz? Terei gasto meus dias em coisas que não valeram a pena? Perdi meu tempo com coisas fúteis e conflitos inúteis? O que vale a pena, afinal?" Ler este livro significa aprender com experiências de pessoas anônimas que acertaram ou erraram ao longo da vida e, ao final dela, refletem sobre o que foi e o que poderia ter sido. As histórias, narradas na primeira pessoa, com comentários da autora, relatam casos de superação e conquista. Wendy, em seu trabalho por mais de duas décadas em asilos, sempre acreditou que seus pacientes eram pessoas privilegiadas, com muitas histórias para contar. As experiências foram divididas em onze capítulos sobre a arte de viver bem, tempo, espiritual idade, casamento, estar triste, trabalho, doença, fragilidade, boa conduta, arrependimento e velhice. O conjunto de belas histórias foi extraído de seu extenso diário de trabalho. As mais emocionantes são as de homens e mulheres que, ao final da vida, mantiveram o espírito jovem, cheio de esperança e alegria. Pessoas que apenas ficaram mais velhas - mas preservaram a energia e a alegria de viver.



Fonte: www.parana-online.com.br


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O lápis

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
-Estou escrevendo sobre você; é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
-Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
Tudo depende do modo como você olha as coisas.
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.


"Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele
deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade".


"Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele
está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor".


"Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é
necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.


"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo
que acontece dentro de você".


"Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure
ser consciente de cada ação".



Paulo Coelho



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Felicidade Eterna


" Oh Deus, que faço dessa felicidade ao meu redor
que é eterna, eterna, eterna e que passará daqui a um instante.
Porque o corpo só nos ensina a ser mortal? "


Clarice Lispector



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Frase de Gilbert Cesbron




É-nos possível viver sozinhos...


desde
que seja à espera de alguém.



Gilbert Cesbron


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Gengis Khan e o seu Falcão


Certa manhã, o guerreiro mongol Gengis Khan e sua corte saíram para caçar. Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan carregava seu falcão favorito no braço - que era melhor e mais preciso que qualquer flecha, porque podia subir aos céus e ver tudo aquilo que o ser humano não consegue ver.

Entretanto, apesar de todo o entusiasmo do grupo, não conseguiram encontrar nada. Decepcionado, Gengis Khan voltou para seu acampamento - mas para não descarregar sua frustação em seus companheiros, separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho.
Tinham permanecido na floresta mais tempo que o esperado, e Khan estava morto de cansaço e de sede. Por causa do calor do verão, os riachos estavam secos, não conseguia encontrar nada para beber até que - milagre! - viu um fio de água descendo de um rochedo à sua frente.Na mesma hora, retirou o falcão do seu braço, pegou o pequeno cálice de prata que sempre carregava consigo, demorou um longo tempo para enchê-lo e, quando estava prestes a levá-la aos lábios, o falcão levantou vôo e arrancou o copo de suas mãos, atirando-o longe. Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito, talvez estivesse também com sede. Apanhou o cálice, limpou a poeira, e tornou a enchê-lo. Com o copo pela metade, o falcão de novo atacou-o, derramando o líquido. Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia deixar-se desrespeitar em nenhuma circustantância, já que alguém podia estar assistindo à cena de longe e, mais tarde, contar aos seus guerreiros que o grande conquistar era incapaz de domar uma simples ave. Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo - mantendo um olho na fonte e outro no falcão. Assim que viu ter água suficiente e estava pronto para beber, o falcão de novo levantou vôo, e veio em sua direção. Khan, em um golpe certeiro, atravessou o seu peito.

Mas o fio de água havia secado. Decidido a beber de qualquer maneira, subiu o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça de água e, no meio dela, morta, uma das serpentes mais venenosas da região. Se tivesse bebido a água, já não estaria mais no mundo dos vivos. Khan voltou ao acampamento com o falcão morto em seus braços. Mandou fazer uma reprodução em ouro da ave, e gravou em uma das suas asas:


"Mesmo quando um amigo faz algo de que você não gosta,
ele continua sendo seu amigo".


Na outra asa, mandou escrever:


"Qualquer ação motivada pela fúria é uma ação condenada ao fracasso".