sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Pequeno Príncipe




Interessante o caminho que certas coisas tomam para que cheguem em nossas vidas...


Semana passada eu estava navegando na net e estava atento às homenagens que estavam acontecendo para o Michael Jackson. Resolvi então ver o discurso feito pela atriz Brooke Shields.... e acabei por ver muito mais que um discurso, acabei encontrando um roteiro de como enxergar as coisas, aliás, com "o que" devo enxergar as coisas...



O trecho que menciono está nessa faixa de tempo do video: 5min 40seg até 6min 40seg. Não é necessário carregar o video todo.


A atriz fez uma referencia de um livro chamado "o pequeno principe" de Antoine de Saint-Exupéry. Seguem algumas informações do livro:

Le Petit Prince, conhecido como O Principezinho em Portugal e O Pequeno Príncipe no Brasil, é um romance de Antoine de Saint-Exupéry publicado em 1943 nos Estados Unidos. A princípio, aparentando ser um livro para crianças, tem um grande teor poético e filosófico. É o livro francês mais vendido no mundo, cerca de 80 milhões de exemplares, e entre 400 a 500 edições. Também se trata da terceira obra literária (sendo a primeira a Bíblia e a segunda o livro o peregrino) mais traduzida no mundo, tendo sido publicado em 160 línguas ou dialetos.




Puxa vida, aquele desenho animado, aquele personagem que eu assitia quando criança veio ao meu encontro novamente... como se... estive me relembrando de que um dia eu fui criança, e que era para jamais esquecer isto. Como citado no próprio livro:


"Todas as pessoas grandes foram um dia crianças - mas poucas se lembram disto"




Fiquei sabendo também que a dedicatória deste livro é uma das mais marcantes de todos os tempos. Segue a história que por sinal é muito interessante:

Léon Werth, ensaísta e novelista francês encontrou-se com Saint-Exupery no ano de 1931. Tornaram-se amigos. Eram opostos. Werth era vinte e dois anos mais velho que o amigo, autor de vários livros, tendo sua escrita um estilo surrealista. Nada mais diferente e nada que impedisse essa amizade. Saint Exupery dedicou-lhe dois livros (Carta a um Refém, O príncipe pequeno) e consultou Werth em mais três. Enquanto escrevia "O pequeno príncipe", em New York, Saint-Exupery pensava nos amigos e suas privações por causa da guerra. Teria dito na ocasião que diante da impossibilidade de retirar os amigos da Europa em guerra, preferia juntar-se a eles e assim o fez.
O fim da segunda guerra mundial, Antoine de Saint Exupery não viveu para ver. Em 31 de Julho de 1944, o general Gavoille confia-lhe uma missão. É o seu último vôo. Desaparece sem deixar vestígios.
Leon Werth diria ao fim da guerra: a "paz, sem Tonio (Exupery) não é inteiramente a paz." Leon Werth não leu o livro pelo qual foi em parte responsável senão cinco meses após a morte do seu amigo, quando recebeu edição especial da obra.




Alguns trechos do livro:


"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de
estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla"

"É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar"

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz."

"Mas os olhos são cegos. É preciso ver com o coração"