segunda-feira, 30 de março de 2009

Frase



"Somos a somatória dos momentos que vivemos"


Thomas Wolfe

sexta-feira, 27 de março de 2009

Frase


"Em coisas insignificantes é que um verdadeiro amigo se avalia"


Camilo Castelo Branco

Filme: As Aventuras de Chatran




"O filme que nos ensina o verdadeiro sentido de amor e amizade"

Infantil. Chatran é um pequeno e irrequieto gato amarelo que vive com os irmãos num rancho no norte do Japão. Numa tarde em que brincava com o cachorro Puski, foi se esconder numa caixa à beira de um rio e acabou sendo carregado pela correnteza. Aí tem início uma jornada com direito a quedas dágua, ursos, cobras, chuvas, fome, abutres, buracos, guaxinins e raposas, enquanto Puski vem correndo pela floresta à sua procura. O filme irá acompanhar o crescimento do bicho e as relações estabelecidas entre os seres vivos e a natureza, que tanto podem alternar a doçura e o companheirismo quanto a agressão. "Cada criança tem sua própria história", diz o narrador na introdução dessa pequena jóia de naturalismo cinematográfico (no original, " Koneko Monogatari") , tão formalmente distante de filmes como Benji ou Babe, o Porquinho Atrapalhado quanto geograficamente estão Japão e EUA. Realizado pelo zoólogo e escritor Masanori Hata, dono de uma reserva particular de quase 300 animais, o filme é um desconcertante exemplo de sensibilidade e observação, sem espaço para maniqueísmos por mais que sua linguagem se dirija diretamente ao público infantil. Decerto porque a câmera de Hata tem a curiosidade de um adulto, e através de uma fotografia excepcional obtém não apenas belas imagens (closes e paisagens que não deixam nada a dever aos documentários da TV), mas flagra momentos inesperados que chegam mesmo a ser cruéis com os pequenos "atores". Numa hora Chatran é ferroado na boca por um enorme caranguejo; noutra, um filhote de urso quase afoga o coitado do cãozinho Puski numa suposta briga no rio.

Mas o filme, em sua maioria, constitui-se de encantamento e diversão. Chatran é um gato sapeca e irresistível que dá vontade de ter um igual em casa, e as expressões de Puski arrancam fácil um sorriso da cara do espectador. Quando não está sofrendo o diabo, o gato está brincando com o cão, ou fazendo amigos entre porquinhos (com quem chega até a dividir as tetas da mãe porca), roubando comida de uma raposa ou adormecendo preguiçosamente no mato ou no ninho de uma coruja. Ou, ainda, pulando entre campos de algodão e correndo pela linha do trem. Além do gato, o que o filme tem de bom é a ausência de homens na história. A presença humana está por lá, sugerida nas fazendas, no trem que passa, na cabana onde Chatran se esconde do urso. Mas o bicho homem mesmo não aparece, como se sua interferência fosse atrapalhar o rito de passagem por que o gato tem de passar até chegar ao milagre da vida e da continuidade da espécie, através do acasalamento e da reprodução.

Fé & Justiça


"Como posso perder minha fé na justiça da vida,
quando os sonhos dos que dormem num colchão de penas
não são mais belos do que os sonhos
dos que dormem no chão"

terça-feira, 17 de março de 2009

Filme: "Platoon" de Oliver Stone



“ Penso agora, olhando para o passado, que nós não lutamos contra o inimigo... nós lutamos contra nós mesmos, e o inimigo estava dentro de nós. A guerra acabou pra mim agora, mas irá permanecer sempre... Assim como Elias lutando contra Barnes, pelo que Rhah chamava “possessão de minha alma”, desde então me sinto um filho nascido destes dois pais, mas... seja o que for que acontecer, todos nós temos a obrigação de reconstruir, de ensinar aos outros o que aprendemos, e tentar com o que restou de nossas almas... encontrar a bondade e o verdadeiro sentido da vida. “


[Trecho do filme Platoon – Oliver Stone – 1986 – Sobre a Guerra do Vietnã]

segunda-feira, 16 de março de 2009

Humor


Um pouquinho de moderação sempre é bom.....
pra evitar esse tipo de situação, e que situação............




"Porque Meca é o que me mantém vivo"



" [Mercador] Parou de falar. Seus olhos ficaram cheios de água ao falar do Profeta. Era um homem fervoroso, e mesmo com toda a sua impaciência, procurava viver sua vida de acordo com a lei muçulmana.
[Santiago]– E qual a quinta obrigação? – perguntou o rapaz.

[Mercador]– Há dois dias atrás você disse que eu nunca tive sonhos de viajar – respondeu o Mercador. A quinta obrigação de todo muçulmano é uma viagem. Devemos ir, pelo menos uma vez na vida, à cidade sagrada de Meca. “Meca é muito mais longe que as Pirâmides. Quando eu era jovem, preferi juntar o pouco dinheiro que tinha para começar esta loja. Pensava em ser rico algum dia, para ir a Meca. Passei a ganhar dinheiro, mas não podia deixar ninguém cuidando dos cristais, porque os cristais são coisas delicadas. Ao mesmo tempo, via passar defronte a minha loja muitas pessoas que seguiam na direção de Meca. Haviam alguns peregrinos ricos, que iam com um séquito de criados e de camelos, mas a maior parte das pessoas era muito mais pobre do que eu era”. “Todas iam e voltavam contentes, e colocavam na porta de suas casas os símbolos da peregrinação. Uma delas, um sapateiro que vivia de remendar as botas alheias, me disse que havia caminhado quase um ano pelo deserto, mas que ficava sempre mais cansado quando tinha que caminhar alguns quarteirões em Tânger para comprar couro”.

[Santiago]– Por que não vai a Meca agora? – perguntou o rapaz.
[Mercador]– Porque Meca é o que me mantém vivo. É o que me faz agüentar todos estes dias iguais, estes vasos calados nas prateleiras... Tenho medo de realizar meu sonho, e depois não ter mais motivos para continuar vivo. “Você sonha com ovelhas e com pirâmides. É diferente de mim, porque deseja realizar seus sonhos. Eu quero apenas sonhar com Meca. Já imaginei milhares de vezes a travessia do deserto, minha chegada na praça onde está a Pedra Sagrada, as sete voltas que devo dar em torno dela antes de tocá-la. Já imaginei quais pessoas estarão do meu lado, na minha frente, e as conversas e orações que compartilharemos juntos. Mas tenho medo que seja uma grande decepção, então prefiro apenas sonhar”.

Este livro é excelente para reflexões sobre as nossas metas em nossa vida. Todos temos sonhos a serem realizados, todos correm atrás de algo... sucesso, fama, reconhecimento, poder, amor... seja o que for, todos possuem metas. Agora o mais interessante.... e se um dia conseguirmos aquilo que desejamos a vida inteira? O que vai ser depois? Será que hoje já estaríamos preparados para lhe dar com essa situação? Certa vez li um pensamento que dizia que a vida do guerreiro era a luta, que... sem a guerra sua vida não teria sentido. Talvez este pensador esteja certo. Talvez a procura por algo seja a razão da nossa vida. Quando li "O Alquimista" pela primeira vez jamais esqueci essa frase:


"Porque Meca é o que me mantém vivo"


E fica a pergunta, o que nos matêm vivo? O realização em si... ou o sonho de realizar? Que bela estória.....



quinta-feira, 12 de março de 2009

Filme: Antes do Amanhecer



Pra quem já viu o filme "Antes do pôr do Sol", vai a dica de não deixar de assistir este filme que conta as origens destes dois personagens que possuem uma conversa pra lá de interessante. O que mais chama a atenção no filme é que ele é filmado ser cortes... ou seja, o filme vai acontecendo ao longo do passeio dos dois. Falam sobre coisas da vida, sobre amor, sobre decepção, sobre a vida e a morte, sobre o futuro e a "ânsia do futuro". Vale a pena para queles que gostam de aproveitar 2 horinhas para refletir sobre a vida.

Só 2 pequenas pérolas do filme:

"Tudo o que fazemos não é para sermos amados um pouco mais?"

"Somente encontrando paz dentro de si mesma
encontratará ligação verdadeira com os outros."

Música - Sunseed - Raul Seixas & Spacey Glow

Musiquinha bonitinha.... segue a tradução da letra "Sunseed" que se encontra no CD "Novo Aeon":
Você nasceu no finalzinho
Quando a cortina caiu
Eu posso ver que você está confusa, garota
Mas tudo bem
São somente os sinos
Anunciando um novo tempo
Você vê agora
Os barcos estão cruzando os desertos
Os oceanos racharam pelo calor
Pessoas se afogam em pingos de chuva
Mas está tudo bem
Não é uma derrota
Levante-se com seus próprios pés
Bem agora que o sol não brilha
Ele está encharcado de vinho
Embora eu possa rir em meio a tempestade
Porque eu nasci
Quando o sol costumava
Brilhar em junho

sexta-feira, 6 de março de 2009

Música


"Dentro deste mundo há outro mundo impermeável às palavras. Nele, nem a vida teme a morte, nem a primavera dá lugar ao outono..."

"Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes..."

"Fixa o olhar no deserto de espinhos.-Já é agora um jardim florido! Vês aquele bloco de pedra no chão? - Já se move e dele surge a mina de rubis!"

"...pois, quem vive uma primavera é como se houvesse vivido séculos."


Trechos do CD "Poemas Místicos do Oriente" - Letícia Sabatella & Marcus Viana
Poemas de Khalil Gibran, Khayyan e Rumi
.

Frase


"As pessoas esquecerão do que você disse, esquecerão o que você fez...
mas nunca esquecerão como as tratou"

terça-feira, 3 de março de 2009

Filme: Gallipoli


Gallipoli nos leva a várias reflexões. Pois é um filme de guerra que dói na alma. Nele, ou por ele, temos as Guerras que muito pouco sabemos. Muitas delas, em pequenos parágrafos nos livros escolares. Ou, quando nos vêem com a história de que não houve derramamento de sangue. Ou até, quando há, dizem terem sido necessário. Perguntar o porque de haver guerras, não cabe aqui essa reflexão. Mas sim em como recrutam os jovens. Em como eles entram nela.
A Batalha de Gallipoli aconteceu durante a Primeira Grande Guerra. Jovens australianos e neozelandeses foram recrutados sem saberem qual seria de fato a sua missão. Pelo menos, se é que isso possa ser um atenuante, mas enfim, pelo menos os kamikases sabiam o que iriam fazer. Mas esses rapazes não. Foram movidos por ideais patrióticos, por acreditarem que isso lhes daria um emprego melhor, que teriam uma outra vida… Enfim, pelo prazer de uma nova aventura. Mas foram enganados de maneira vil. Sem a menor consideração pelos ingleses. É chocante a desfaçatez deles.

Esse filme é mais um a mostrar o quanto a guerra é estúpida. E tal do fogo-amigo das guerras atuais, é fichinha perto do que os ingleses fizeram a esses jovens.
Quem seriam esses jovens recrutas? De um lado, um grupo meio entediados no trabalho. Dentre eles, o jovem Frank (Mel Gibson). Num outro lado, o bem mais jovem Archy (Mark Lee). Em comum com ambos, o gosto pelas corridas. Se para Archy, via nela sua profissão de fé. Para Frank, a corrida era uma chance a mais de obter dinheiro. Mas em vez da corrida rivalizá-los, ela os uniu. O prazer sentido nesse esporte, a camaradagem, e sobretudo o respeito pelas diferenças entre eles foi o que consolidou de vez a amizade desses dois.

Archy era um sonhador. Frank tinha um olhar mais realista do que estava a sua volta. Numa gíria atual, era o mais safo. O inesgotável bom humor de Archy, por vezes deixava Frank contrariado. Mas quem não gostaria da companhia de alguém bem humorado? Eu gosto! Até porque sou assim. Se vêem nisso até uma frieza perante a dor… Archy mostra a todos que não. Que há nisso um modo estóico de ser. O tempo não deu tempo de verem que se pode balancear os dois modo de encarar as vicissitudes da vida. Até para avançar mais na vida, e não na morte…
O título do filme, Gallipoli, é por ser o nome da Península onde ocorreu a Batalha…

Um fime que mesmo contando uma triste história do que os homens são capazes de fazer, fica um querer ver de novo. Além da história desses dois jovens. Por ter sido feito com tanto esmero. Fotografias de tirar o fôlego! Trilha sonora que emociona! Atuações brilhantes! Cenas que ficarão para sempre na memória; e entre elas, o final do filme. Dou nota 10!
Por: Valéria Miguez (LELLA).

Gallipoli (Gallipoli). 1981. Austrália. Direção: Peter Weir. Elenco: Mel Gibson (Frank Dunne), Mark Lee (Archy Hamilton), Bill Kerr (Jack), Harold Hopkins (Les McCann), Charles Lathalu Yunipingli (Zac), Heath Harris (Stockman), Ron Graham (Wallace Hamilton), Gerda Nicolson (Rose Hamilton), Robert Grubb (Billy), Tim McKenzie (Barney), David Argue (Snowy), Brian Anderson (Railway Foreman). Gênero: Drama, História, Guerra. Duração: 112 minutos.



Frases:



E assim Mogli sentou e chorou como se o seu coração fosse partir-se. Em toda a sua vida ele nunca havia chorado. "Agora, eu irei até os homens", disse ele.


"Adeus, os anos são uma canção quebrada,
e o certo se torna fraco na luta contra o errado,
os lírios da paixão tem uma mancha avermelhada,
e os velhos tempos jamais voltarão."
Setembro de 1917

Reflexão


Se o inverno dissesse "A primavera está no meu coração" ,
quem acreditaria no inverno?




Frase

"Amor, dê-me coragem."

Do filme "Romeu e Julieta" de 1968





Pra quem curte um filme romântico, esse é passagem obrigatória. Ninguém supõe que um filme pode ser tão bom com um comecinho tão devagar e monótono. Os diálogos são marcantes e a frase acima, pra mim, é a que mais reflete a história do filme. O diretor só podia ser Franco Zefirelli.

domingo, 1 de março de 2009

Frase

"A vida precisa de pausas"
Carlos Drummond de Andrade