quinta-feira, 29 de maio de 2008

Filme "Náufrago" com Tom Hanks

Vai aí um dica maravilhosa para aqueles que querem ver um filme que faz com que nosso espírito tenha sempre esperança, sejam quais forem as dificuldades. Esse é um trecho de um diálogo de Chuck Noland e seu amigo Stan onde vemos o grande aprendizado que esse personagem teve em seu "exílio" em uma ilha do Pacífico:


“- Foi aí que me vi envolvido por uma sensação reconfortante.Eu sabia… De alguma forma que tinha de ficar vivo,de algum jeito tinha que continuar respirando mesmo sem motivos de esperança.Minha lógica dizia que nunca mais veria este lugar de novo.E foi o que eu fiz, fiquei vivo, continuei respirando.E, um dia essa lógica mostrou está errada porque a maré veio e me trouxe a vela.E agora estou aqui. Estou de volta em Menphis, conversando com você.Tem gelo no meu copo e eu a perdi de novo.Estou muito triste de não ter a Kelly. Mas sou grato por ela ter ficado comigo naquela ilha.E sei o que tenho que fazer agora.Tenho que continuar respirando. Porque, amanhã o sol nascerá e quem sabe o que a maré poderá trazer?”

Um Simples Verso


O poeta Rainer Maria Rilke nos diz:

"Para escrever um simples verso ,é preciso conhecer muitas cidades ,homens,animais. É preciso ter a alma aberta para o vôo dos pássaros e ser capaz de perceber os gestos das flores que se abrem ao amanhecer."
"Para escrever um simples verso ,é preciso viajar por regiões desconhecidas ,estar preparado para encontros e desencontros inesperados.É preciso lembrar do que sentimos quando ferimos alguem que sempre nos desejou o melhor possível."
"Para escrever um simples verso ,é preciso passar muitas manhãs diante do mar,muitas tardes diante do por-do-sol,muitas noites diante de quem amamos.Tudo isso para escrever um simples verso."
"Para escrever um simples verso,não basta lembrar-se do passado.É preciso saber esquecer,e ter paciência para esperar até que essas lembranças retornem novamente".
"Porque um verso não é feito de memória.Ele se transforma em nosso sangue e se confunde
com a própria existência.Só então chega o momento mágico,quando nasce a primeira palavra.
E ela traz consigo o verdadeiro poema."

Rainer Maria Rilke nasceu em Praga em 4 de dezembro de 1875. É considerado como um dos mais importantes poetas modernos da literatura e língua alemã, por sua obra inovadora e seu incomparável estilo lírico. "Poeta fundamental, Rilke é a voz de uma época em transição. Talvez seja a última voz do seu tempo, aquela que anunciou o "fim dos tempos modernos", como quer Romano Guardini, e ao mesmo tempo a primeira voz e o primeiro poeta dessa nova era que estamos começando a viver."
(Paulo Plínio Abreu - parte de uma introdução sobre a obra de Rilke publicado no jornal paraense:"Folha do Norte" entre os anos de 1946 e 1948)

Deus e os Animais


Às vezes penso que se olharmos os animais com muito amor conseguiremos ver a manifestação de Deus em seus olhos... por mais simples, indefeso e frágil que ele possa parecer....

Coisas Pequenas...


“ Tenho obsessão com pequenas coisas. Talvez eu seja louco mas... quando eu era menino, minha mãe me disse que eu sempre chegava atrasado à escola... um dia, ela me seguiu para saber o motivo... eu ficava vendo as castanhas caírem das árvores e rolarem na calçada, ou as formigas atravessarem a rua, ou a sombra de uma folha num tronco de árvore. Coisas pequenas. Acho que com gente é igual... vejo pequenos detalhes específicos de cada coisa que me comovem e sinto saudades deles depois... não se pode substituir ninguém porque todo mundo é uma soma de pequenos e belos detalhes. “

Trecho do Filme "Antes do Pôr do Sol"

A Lenda de Narciso



O Alquimista pegou um livro que alguém na caravana havia trazido. O volume estava sem capa, mas conseguiu identificar seu autor: Oscar Wilde. Enquanto folheava suas páginas, encontrou uma história sobre Narciso.O Alquimista conhecia a lenda de Narciso, um belo rapaz que todos os dias ia contemplar sua própria beleza num lago. Era tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que chamavam de narciso.

Mas não era assim que Oscar Wilde acabava a história.Ele dizia que quando Narciso morreu, vieram as Oréiades – deusas do bosque – e viram o lago transformado, de um lago de água doce, em um cântaro de lágrimas salgadas.

- Por que você chora? – perguntaram as Oréiades.

- Chora por Narciso – disse o lago.

- Ah, não nos espanta que você chore por Narciso – continuaram elas. – Afinal de contas, apesar de todas nós sempre corrermos atrás dele pelo bosque, você era o único que tinha a oportunidade de contemplar de perto sua beleza.

- Mas Narciso era belo? – perguntou o lago.

- Quem melhor do que você poderia saber disso? – responderam, surpresas, as Oréiades. – Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava todos os dias.

O lago ficou algum tempo quieto. Por fim, disse:- Eu choro por Narciso, mas jamais havia percebido que Narciso era belo.“Choro por Narciso porque, todas as vezes que ele se deitava sobre minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, minha própria beleza refletida”.


“Que bela história”, disse o Alquimista.


A lenda de Narciso - Prólogo do livro "O Alquimista" de Paulo Coelho

Gibran Khalil Gibran - O Poeta do Amor

" Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem
possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda..."

Trecho extraído do livro "O Profeta" - Tradução Mansour Chalita