terça-feira, 25 de maio de 2010

A diferença entre nós e o Cristo

Dizem que o maior mistério da Vida é a própria morte... Mas não penso assim... penso que o maior mistério que o ser-humano tem a desvendar refere-se à natureza íntima do Cristo. Jesus demonstrou ter a sabedoria de todas as leis durante os anos em que passou no seu apostolado. E seguindo teus ensinamentos, passamos a enxergar as coisas como Ele enxergava, sentir como Ele sentia e amar como Ele amava... Seguindo seus ensinamentos em sua pureza, ou seja, liberta da materialização que a maioria das religiões impõem à sua Doutrina, conseguiremos arrancar de nosso espírito todo o lodo de ódio e fel que existe em nosso ser... perdendo assim, a triste capacidade de odiar... até que um dia, somente as flores do amor e da caridade desabrochem em nós.



Os trechos que seguem pertencem ao Livro: "Jesus: OFilho do Homem". Segundo a literatura árabe, não existe livro melhor que retrata o íntimo do Cristo como este...



"Jesus era um homem de júbilo, e foi nesse caminho que conheceu a dor dos homens. E foi do alto de sua dor que Ele contemplou a dor de todos os homens. Viu visões que nós não vimos, e ouviu vozes que nós não ouvimos; falou para multidões invisíveis, e falou através de nós para raças que ainda não haviam nascido."

"E Jesus muitas vezes ficava só. Estava entre nós, porém não era um de nós. ... E apenas na nossa solidão é que poderemos visitar a terra da sua solidão. Havia um distanciamento em Seus olhos e tristeza em sua voz. Mas hoje compreendo que Sua tristeza era ternura que demonstrava para os que sofriam, era solidariedade que oferecia a quem se sentia abandonado."





"Muitas vezes, vi-O curvar-se para tocar a relva. E em meu coração ouvi-o dizer: “Pequenas coisas verdes, havereis de estar comigo no meu reino, da mesma forma que os carvalhos de Besan e os cedros do Líbano.”
... Ele também falara de estrelas como nenhuma daquelas que povoam as nossas noites. ...onde a vida é para sempre jovem e a hora é sempre alvorada."



"Embora conhecesse o belo em toda sua profundidade, a paz e a majestade da beleza jamais deixaram de surpreendê-lo... Nós, com os sentidos já desgastados, olhamos à plena luz do dia, mas não vemos. Aguçamos os ouvidos, mas não ouvimos; e estendemos as mãos, mas não chegamos a tocar. E embora todo o incenso da Arábia esteja em brasa, seguimos nossos caminhos sem sentir-lhe o cheiro. ... não mais estendemos os braços para tocar o pôr-do-sol, e nosso olfato não mais anseia pelas rosas de Sharon. ... E é aí que reside a diferença entre nós e o Cristo. Todos os seus sentidos se renovam continuamente, e o mundo para Ele era sempre novo. Para Ele, o choro de uma criança não era menor do que o clamor de toda a humanidade... Para Ele, um botão-de-rosa era um anseio por se aproximar de Deus..."



Um comentário:

Sonia Moraes disse...

Faz muito tempo que nao leio algo que retrate Jesus assim como eu o imagino, e as vezes o sinto em mim.

Sonia

One minute to live.blogspot.com