domingo, 24 de maio de 2009

Livro: Como Viver Eternamente


Algumas coisas são perfeitas do início ao fim.

Meu nome é Sam.
Tenho onze anos.
Coleciono histórias e fatos
fantásticos.
Quando você estiver lendo isso,
Provavelmente já estarei
morto.



Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.

Esse livro foi uma grata surpresa. Admito que o crivei de suspeitas. “Hmmm, deve ser pura auto-ajuda”, “deve ser muito depressivo” e blá,blá, blá. Após lido e bem recomendado por minha irmã, decidi lê-lo. E para felicidade minha, todas as suspeitas se mostraram infundadas. A narrativa é permeada de lampejos filosóficos acerca da vida e da morte. Coisa bem introdutória mesmo mas, sem perder a boa base que o tratamento do tema requer. E ao fazê-lo, Nicholls revela um toque genial de não subestimar o seu público. Como mencionado na sinopse, o livro alcança públicos diversificados, sendo por isso um livro sem fronteiras de idade onde não há a infantilização do conteúdo. Ao contrário, o livro tece metáforas sobre a morte e incute reflexões as quais todos, sem distinção, são capazes de considerar.

Com a transposição de um tema denso para uma roupagem leve, simples, otimista mas, não menos instigante, a leitura se desenvolve em uma tacada só, revelando-se uma excelente companhia em salas de esperas pois, capta sua atenção do início ao fim. Daquele tipo de livro que mexe, torce e retorce com suas emoções. E, sim, é difícil não se emocionar com a história de Sam. A seu modo, Sam lança luz a tantas questões que trazemos conoscos e temos medo de formulá-las porque de certo modo, é mais fácil viver criando disfarces para o medo, para a angústia e para o pânico. E é um alívio constatar que os desdobramentos da narrativa apontam para o discernimento da importância que é fazer da vida uma realização feliz, independente das circunstâncias.

Dependendo do ângulo adotado, não é um livro que fala de morte. Fala da vida, como diria Sam.

Altamente recomendado.

4 comentários:

Marcelly Oliveira disse...

Esse livro é maravilhoso, concordo plenamente *-*

Luana Boente disse...

esse livro é lindo demais *-* chorei lendo!

Carolina disse...

Muito bom o livro , aconselho a todos,Ri , Chorei e aprendi muito com o livro .

Duuda Caampos disse...

nossa eu ainda estou no começo mais já estou chorando com esse livro lindo d+